Dia Portugal, de Camões e das Comunidades
Portuguesas.
Sabes qual é o motivo?
Foi no dia 10 de junho de 1580 que morreu o grande poeta Luís Vaz de Camões, autor de "Os Lusíadas", a maior obra épica de Portugal.
Embora o simbolismo desta data seja importante para celebrar o Dia de Portugal, na verdade, não se tem a certeza absoluta de que Camões faleceu mesmo neste dia.
Por outro lado, este dia está manchado pelo facto de ter surgido no tempo da ditadura.
Que outras datas poderiam ser Dia de Portugal?
Embora o simbolismo desta data seja importante para celebrar o Dia de Portugal, na verdade, não se tem a certeza absoluta de que Camões faleceu mesmo neste dia.
Por outro lado, este dia está manchado pelo facto de ter surgido no tempo da ditadura.
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Camões é um símbolo nacional. Porquê?
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Podes ouvir o poema "Amor é fogo que arde sem se ver", dito por João Vilaret, que foi ator, encenador e declamador.
Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Em seguida, poderás ouvir mais dois poemas de Luís Vaz de Camões.
Ouve o primeiro soneto dito pelo ator João Reis.
Podes ouvir AQUI
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que para mim bastava amor somente.
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas, que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
A grande dor das cousas, que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa que a Fortuna castigasse
As minhas mais fundadas esperanças.
Dei causa que a Fortuna castigasse
As minhas mais fundadas esperanças.
De amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!
No poema, "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", o cantor Rui Reininho diz, sentindo cada palavra. De facto, não é preciso ser ator ou ter um timbre de voz especial. É importante ler com prazer e sentir cada palavra.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidade.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E enfim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Ficaste curioso? Finalizamos com a divulgação da Biblioteca Digital Camões AQUI onde poderás aceder a obras de Luís Vaz de Camões, entre outros autores.
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