Concurso de Poesia Interescolas de Vila Nova de Gaia

É com muito gosto que informamos que três alunas do nosso Agrupamento foram distinguidas no Concurso de Poesia Interescolas de Vila Nova de Gaia.

1º Prémio  - Escalão E (5º e 6º anos)

Matilde Fonseca

com o poema Carta para o Sol

Menção Honrosa - Escalão G (7º, 8º e 9º anos)

Bruna Pinto

com o poema Vida...

Menção Honrosa - Escalão J (12º ano)

Gabriela Calviño 

com o poema Desconhecido Conhecido

Parabéns a todos os participantes, em especial às nossas premiadas. De seguida publicamos os poemas distinguidos e o acesso a todas os poemas apresentados ao concurso no nosso Agrupamento. Obrigada a todos/as!

Carta para o Sol

Escrevo-te neste sábado ensolarado
Ouço os pássaros enquanto a caneta escreve
Penso no que te dizer antes de fugires
Antes de desapareceres e nunca mais voltares
E já dizia a minha avó:
«Só sentimos a falta das coisas quando as perdemos»,
Por isso escrevo-te neste sábado ensolarado
Dizendo que sinto falta da tua presença
Que me incomoda a tua ausência
A ausência da luz, do brilho.
Espero que leias esta carta e que voltes
Que volte a luz, o brilho
Que volte a minha alegria que contigo partiu.

Vida...

Ando pelas ruas

tão geladas e desertas,

será mesmo assim a vida

tão misteriosa e sombria?

Cheguei ao ponto de pensar

que a vida é mesmo assim,

uma constante luta

que parece não ter fim.

É mais fácil julgar

do que acreditar,

gostam de o dedo apontar

sem para si mesmo olhar.

Eles não têm noção,

de quantas vidas se vão,

cada palavra mal dada

é igual a uma lágrima derramada.

Um dia o mundo vai dar voltas,

é nisso que temos de acreditar.

Nunca desistas de lutar

pois vais ver, que no fim, tudo vai compensar.

Desconhecido  Conhecido

Dias nítidos de cores tristes
gargalhadas mentirosas e com Vida,
olhares profundos com histórias.

Como é possível tal sentimento
de tristeza poder ser coberto
por um lençol de sorrisos improvisados.

Este poder de sermos e não ser,
será que conhecemos quem vemos
ou pensamos conhecer?

Medo do poder que temos de ser
o que não somos, continuando uma
vida com fim de uma bola de lã.

Leia aqui todos os poemas a concurso (do nosso Agrupamento).